Fundamento: a ausência de descenso noturno (ADN) e a hipertensão mascarada (HM) estão associados ao maior risco de desenvolvimento de lesões em órgãos-alvo. Objetivo: analisar a prevalência de hipertensão mascarada e a ausência de descenso noturno em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Método: foram relacionados 41 pacientes com DM2, sendo 20 normotensos que compuseram o grupo A, e 21 hipertensos o grupo B, atendidos de abril a novembro de 2014. Realizaram MAPA, eletrocardiograma, exames bioquímicos. Variáveis avaliadas: sexo, idade, peso, índice de massa corporal, glicemia de jejum (GJ), hemoglobina glicada (HbA1c) e creatinina. Foi feita uma análise descritiva e associação das variáveis qualitativas pelo teste exato de Fisher. Resultados: dos 41 pacientes avaliados, 68,3% eram do sexo feminino, média de idade 56,41 anos , média de creatinina 0,83 mg/dl, de GJ 138,4 mg/dl e HbA1c 7,32%. Apenas 24,4% da amostra encontravam-se com peso ideal. Na análise do grupo A, 7 pacientes (35%) apresentaram HM. Já a ADN se apresentou em 31 pacientes, correspondendo a 75,6% da amostra. Pela análise do ECG observamos alterações em 4 pacientes do grupo A e em 5 pacientes do grupo B. A ADN mostrou-se relacionada com a elevação da HbA1c de forma significativa no grupo B (p=0,03). Conclusão: concluímos que os paciente diabéticos necessitam de melhor avaliação pressórica com MAPA, uma vez que 35% dos normotensos possuiam HM. Deve-se visar um controle estrito da DM2, já que relacionamos a alteração da HbA1c com a ADN nesses pacientes, relacionada com maior risco cardiovascular.